O espaço nãoé um jogo fácil. Num tomrefrescante, um repórteraustralianoenumeraalgumasdas principaisdificuldades encontradaspelos programasespaciaisdurante a suaexecução.
O artigo mostra que ir parao espaço nuncaé fácil eque uma missãofalhada mostra quenunca nada deve ser tomadocomo garantido.
Johann-Dietrich Woerner, novo Director Geral da ESA. Crédito foto: ESA
O novo Director Geral da ESAestáa ter dificuldades pararenovara estrutura daagência.Johann-Dietrich Woernertinha ditoantesde começar a trabalharno ínicio deste mês comodirector-geralda ESA,que queriareduzir o número dedirectoresde departamentona agência.No entanto, o Conselho da ESAaprovouum plano que incluidez directoresde departamento, o mesmo de antes, embora organizado em cincoequipas.Woernermanifestouo desejo de estabelecerum""United Space in Europe through ESA" (tradução literal: Espaço Unida na Europa através da ESA), que, entre outras coisas, iria reduzir oênfase no retorno geográficodos investimentosnacionais em projectosda ESA.
Podem ler mais sobre as dificuldades de Woerner aqui.
O Prémio Thomas H. Stix é um prestigiado galardão na área da física, que até hoje nenhum cientista português havia alcançado. A Sociedade Americana de Física distinguiu agora Nuno Loureiro, investigador do Instituto de Plasmas e Fusão Nuclear do Instituto Superior Técnico de Lisboa, pela sua contribuição na área da física dos plasmas.
O investigador, que terminou o pós-doutoramento na Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, e no Centro para a Energia de Fusão de Culham, no Reino Unido, regressou a Portugal em 2008 para integrar o Instituto de Plasmas e Fusão Nuclear. O estudo que tem vindo a desenvolver centra-se na reconexão magnética, um fenómeno responsável pelas erupções solares e que afecta as comunicações via satélite ou as missões espaciais tripuladas.
“As explosões solares, além de intrinsecamente interessantes, desempenham um papel determinante no chamado clima espacial, cuja compreensão é crítica para as missões espaciais tripuladas e para a estabilidade de redes de comunicação e satélites”, refere Nuno Loureiro, num comunicado de imprensa.
A reconexão magnética é o nome dado à reestruturação de um campo magnético no plasma – o quarto estado físico da matéria, que está presente no Sol. Quando grandes tensões são aplicadas num campo magnético, este em vez de quebrar, vai reconfigurar-se de modo a acomodar estas forças. “É processo algo semelhante ao que acontece quando dobramos uma banda de borracha: se aplicarmos uma tensão não muito elevada, ela retornará à posição inicial; porém se a forçarmos mais, irá eventualmente quebrar-se”, explica ao PÚBLICO Nuno Loureiro. “O campo magnético no plasma não quebra propriamente, mas reconfigura-se – isto é, “reconecta-se” – para acomodar estas forças. Nesse processo, liberta-se – de forma explosiva – imensa energia, é esta libertação de energia que associamos às explosões solares.”
O trabalho do investigador premiado pode ainda contribuir para o desenvolvimento do Reactor Internacional Termonuclear Experimental (ITER, na sigla inglesa), em construção em Cadarache, no Sul de França, e que não deverá estar pronto antes de 2020. Este reactor pretende ser o primeiro dispositivo no mundo capaz de manter uma reacção de fusão nuclear durante vários minutos e de gerar quantidades consideráveis de energia. Entre os parceiros do reactor está a União Europeia, os Estados Unidos, o Japão, a China e a Rússia.
O prémio atribuído pela Sociedade Americana de Física no valor de 2000 dólares distingue jovens investigadores (até dez anos após a conclusão do doutoramento) cujas contribuições sejam consideradas excepcionais para a área da física de plasmas. A cerimónia da atribuição realizar-se-á em Novembro deste ano, na reunião anual da Divisão de Física de Plasmas da Sociedade Americana de Física, em Savannah, nos Estados Unidos.
O ponto de viragempara a indústriaespacial foi em 2012.Foi quandoo Dragão da SpaceXse tornoua primeira nave espacialcomerciala visitara Estação Espacial Internacional, o que despertou a imaginação deficção científica de vários empresáriosum pouco por todo lado.
Os cientistas espaciaisda NASAcomeçaram a fugirem massa, em busca de oportunidades para construiraplicações em cimadestesveículos espaciaisfrequentementenovos. SeSpaceXestá a enviarcargapara reabastecera Estação Espacial Internacional,o que mais poderiaser enviadanas mesmasnaves?
Ary levy assina o artigo que defende esta tese e dá inúmeros exemplos de como novos horizontes estão a abrir-se para as empresas que até então não seria sequer uma hipotese. Podem ler o artigo completo aqui.
A AgênciaEspacial do Reino Unidoe a Agência EspacialSul-Africana(SANSA) assinaramum Memorando de Entendimento(MoU)paraaumentar a colaboraçãoe revisão deáreas de interesse comumnos seusprogramas espaciais.
O Memorando de Entendimentofoi assinado a 16de Julho porSirMarkWalport, conselheiro científico dochefedo Governo do Reino Unido,em nome daAgênciaEspacial do Reino Unido, e o Dr.SandileMalinga, CEO da Agência EspacialSul-Africana.
O Memorando de Entendimentoirá intensificaro intercâmbio deinformações,tecnologia e pessoal entre as duas agências. O documento cobre umavariedade deáreas ondeambas as agênciaspoderão beneficiar dacolaboração, incluindo oportunidadesde pesquisa sobre tempo espacial, e ainda usar o instrtumento como espaçode partilha de informaçãonouso do espaço paraaplicações relacionadas com as altrações climáticas, e partilha de dadospor satélite.Outras açõesincluem a identificaçãodeoportunidades paraSANSApara colaborar com indústrias espacial comerciallocais e baseadas noReino Unidoeda partilha deinfra-estruturas esistemas deconhecimento do Reino Unido.
O aumento da colaboraçãoentre asduasagências tambémvai ajudar a promovermaisprojectos espaciais, como SBASÁfrica, que têm opotencial para produzirenormes benefíciossociais.SBASÁfrica, uma colaboração Reino Unido - África do Sul, financiado atravésdo ProgramaEspacialParcerias Internacionaisda AgênciaEspacialdo Reino Unido, vai ajudar a melhorara segurança da aviaçãoatravés da criaçãoe demonstração denovossistemas de voobaseados em satélite.
Um novorelatório concluiuque as parceriaspúblico-privadas, como aquelas que NASAtem usado para os seus programasde cargaetripulaçãocomercial, poderiam levar novamenteo Homem à Luapela módica quantia de10 bilhões de doláres numprazo de sete anos.
O estudode 100 páginas, financiado pela NASA, concluiu queuma "arquitecturalunar" poderia eventualmente dar origem a uma basehumana permanentenos póloslunarespara converterágua geladaem combustívelpropulsorque poderia ser vendidoà NASAououtros clientes.No entanto,aqueles que estão envolvidosno estudoreconhecem que omaior obstáculoa estaabordagem podeserconvenceros formuladores de políticasda eficáciado plano.
"Nósbasicamentedizemosneste estudo que, de uma formagradualpasso-a-passo, alavancando parcerias comerciais, podemos retornarà Lua. Tecnicamente viável", disseCharlesMiller, presidente da NextGenEspaço,numa conferência de imprensa a 20 de Julhoparaapresentar orelatório.
Sob ascores vivasdestanuvemem forma de olho, chamadaAbell78,um contode vidae morte estelarestá a acontecer. No centroda nebulosa,umaestrela que está a morrer-não muito diferentedo nosso Sol.
Depois do enorme sucesso da Dark Sky Party, que registou mais de 1100 pessoas nos dois dias do evento, a Reserva DARK SKY Alqueva anunciou já a próxima STARLIGHT PARTY Alqueva! Já nos dias 14 e 15 de AGOSTO, dentro das muralhas do encantador Castelo de Mourão.
Com Entrada Gratuita para todas as actividade, num conceito diferente e sobe o tema " A Terra e o Céu como Património da Humanidade" vai contar com Observações Astronómicas, Palestras, Body Painting, Workshops um Concerto de música intuitiva, uma Exposição de Astrofotografia e na noite de dia 15 pelas 21h30...o lançamento do livro Dark Sky Alqueva - O Destino das Estrelas, de Miguel Claro.
Um dos projectos finalistas do concurso de ideias lançado pela companhia de aviação este ano despertou o interesse da fabricante europeia. A partir de Coimbra, a Active Aerogels já se prepara para novos voos.
Como qualquer boa ideia, o projecto do aerogel que chegou ao lote de finalistas do concurso lançado este ano pela TAP pretendia resolver um problema: acabar com o desgaste causado pelo material que reveste os aviões - uma fibra de vidro que vai absorvendo a água, danificando tectos, paredes, material electrónico, e que acaba por encarecer a manutenção. Depois do sucesso obtido nos testes com a transportadora aérea portuguesa, a equipa da Active Aerogels que desenvolveu a ideia a partir de Coimbra está neste momento em negociações com a Airbus para introduzir o aerogel nas linhas de produção da fabricante europeia.
Quando a empresa começou a desenvolver este material, ainda em 2006 e em parceria com a Universidade de Coimbra, o objectivo era aplicá-lo apenas à indústria espacial. Naquela altura, o projecto foi apadrinhado pela Agência Europeia para a Segurança da Aviação e, seis anos mais tarde, nascia o primeiro produto certificado, dando à Europa uma independência tecnológica que não tinha até aí, já que este isolante térmico só era produzido nos Estados Unidos. Desde então, a Active Aerogels ganhou terreno neste apetecível mercado, mas também foi alargando horizontes, quando a equipa percebeu que o aerogel tinha outros destinos, fossem eles aceleradores de partículas de centrais nucleares, equipamentos de ressonância magnética ou até oleodutos.
Falta-lhes capacidade produtiva, já que tudo o que hoje fabricam é imediatamente vendido: uma média de 500 metros quadrados em painel de aerogel (que também pode ser vendido noutras modalidades, como o pó ou a espuma), que lhes garantem encomendas na ordem dos 200 mil euros por ano, a partir de uma unidade fabril onde investiram 100 mil euros, embora o projecto tenha implicado um custo total de 1,6 milhões, em parte suportados por fundos comunitários. Apesar das limitações ao nível da produção, decidiram lançar-se noutros voos, quando a TAP lançou um concurso de ideias para celebrar o 70º aniversário da companhia, que comemora este ano.
"Já tínhamos equacionado esta hipótese antes, mas não sabíamos que tipo de aceitação teria por parte da indústria", explica o presidente da empresa Bruno Ramos de Carvalho. Foi a interacção com a transportadora aérea portuguesa que lhes deu a certeza que esta era uma rota de que não poderiam desviar-se. Os testes feitos ao longo de dois meses permitiram concluir que, embora seja mais pesado, o aerogel torna-se mais económico e eficiente ao longo do tempo, dispensando manutenções em série e até evitando problemas mais graves a bordo dos aviões.
"A fibra de vidro que hoje é usada absorve a água, que em vez de escorrer vai danificando o isolamento térmico à volta do avião e acaba por desgastar as paredes, os tectos, as casas-de-banho, o material electrónico", exemplifica o gestor. Já o aerogel "obriga a que a água escorra para os drenos, evitando os riscos de curtos circuitos, por exemplo", garante Bruno Ramos de Carvalho. "Aprendemos com a TAP em apenas dois meses que temos como resolver estes problemas", conta, estimando que a aplicação do aerogel signifique poupanças "entre 1,5 a 2 milhões de euros" ao longo da vida dos aviões. Uma parte significativa desta redução de custos será conseguida só pelo facto de os equipamentos deixarem de estar parados em terra em manutenção, sem gerarem receitas para as companhias.
O projecto da Active Aerogels acabou por ser reconhecido pela TAP, que o colocou no lote de dez finalistas. E embora a equipa de Coimbra não tenha levado o galardão para casa, já que este foi conquistado, no início de Junho pelo Waynabox (um site que vende experiências de viagens), já garantiu o interesse da indústria, nomeadamente da Airbus. A fabricante europeia pretende colocar a empresa nacional "em contacto com os [seus] especialistas na área de isolamento e materiais como um primeiro passo para avaliar a validade dos cenários e vantagens" para a aviação, referiu a Airbus, salvaguardando que "o valor de qualquer boa ideia depende sempre da capacidade de dar resposta às necessidades da indústria e da rapidez com que consegue atingir a escala industrial".
A fabricante europeia, que trabalha com algumas das maiores transportadoras aéreas do mundo, explica que "a introdução de qualquer material novo implica um longo processo que requer uma avaliação muito cuidadosa e profunda". Mas está empenhada em dar ao projecto do aerogel "a possibilidade de atrair o interesse dos seus especialistas e de eventualmente organizar um 'mergulho' mais profundo na ideia" da equipa de Coimbra. Para Bruno Ramos de Carvalho, a meta agora é conseguir "um acordo de exclusividade com a Airbus", de modo a que o material que fabricam "fosse integrado nas suas linhas de produção", até porque o salto para este mercado vai obrigar a um reforço importante do investimento.
O presidente da Active Aerogels calcula que, só em termos de certificação para a aeronáutica (processo que demorará cerca de dois anos), o custo ronde meio milhão de euros. Além disso, a fábrica terá obrigatoriamente de crescer para dar resposta às encomendas, estimando-se que esse passo os obrigue a investir mais três milhões. O objectivo seria alcançar, no mínimo, uma produção anual de meio milhão de metros quadrados de painel de aerogel.