Astropolítica na liderança!
Maio 26, 2015
Vera Gomes
No ranking do Blogs de Portugal, o Astropolítica aparece em primeiro lugar na categoria de Política/ Sociedade e a subir no raking geral.
Obrigada a todos os que seguem o Astropolítica!!!! : )))
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Maio 21, 2015
Vera Gomes
Maio 20, 2015
Vera Gomes
O Brasil entra para a história da Organização Europeia para a Investigação Astronómica no Hemisfério Sul (ou ESO), após a aprovação pelo Senado brasileiro do texto do acordo de adesão do Brasil à Convenção que estabelece a Organização Europeia para a Investigação Astronómica no Hemisfério Sul, assinado em Brasília em 2010. Ao ratificar o acordo, o Brasil torna-se o décimo quinto país membro, sendo o primeiro não europeu, do Observatório Europeu do Sul (ESO, sigla em inglês para European Southern Observatory). Podem ver a lista de todos os membros do ESO aqui.
As primeiras conversas informais com o Brasil começaram no início de 2009 e incluíram uma conferência sobre o ESO, em São Paulo, proferida pelo Presidente do Conselho do ESO, no âmbito do desenvolvimento de um plano estratégico para a astronomia brasileira. Diversos debates ocorreram durante a Assembleia Geral da União Astronómica Internacional, numa altura em que o Director do ESO, Tim de Zeeuw, convidou o Ministro da Ciência e Tecnologia brasileiro, Sergio Machado Rezende, a visitar o ALMA e o Observatório do Paranal do ESO, em Fevereiro de 2010.
A convite do ministro de ciência e tecnologia, um comité especial de astronomia elaborou um Plano Nacional para a Astronomia Brasileira, incluindo uma avaliação sobre as opções de participação num dos vários projetos de telescópios extremamente grandes. A opção do European Extremely Large Telescope (E-ELT) foi a mais atraente, reforçada pela possibilidade de participação no ESO e acesso imediato às suas instalações, com grande variedade de instrumentos e possibilidades de participação no desenvolvimento de instrumentação. Astrónomos brasileiros concordaram que deveria ser pedida a adesão ao ESO, em Maio de 2010, e nesse sentido fizeram uma recomendação ao ministro Rezende. Uma expressão de interesse formal à adesão foi enviada ao ESO, via embaixada do Brasil em Berlim, tendo chegado antes da reunião do Conselho do ESO de Junho de 2010. Como resultado, foram abertas negociações informais com o governo brasileiro em Junho, Julho e Agosto de 2010.
Numa reunião extraordinária do Conselho do ESO a 5 de Outubro de 2010, foi decidido por unanimidade enviar ao Brasil um convite formal de adesão ao ESO. A esta decisão seguiram-se negociações formais em Brasília nos dias 2 e 3 de Dezembro de 2010 e o pedido de adesão oficial por parte do Brasil foi recebido em 14 de Dezembro de 2010. Em 21 de Dezembro de 2010, numa outra reunião extraordinária do Conselho, foi aprovada por unanimidade a assinatura do acordo entre o ESO e o Brasil.
A 29 de Dezembro de 2010, numa cerimónia oficial em Brasília, o Ministro da Ciência e Tecnologia brasileiro, Sergio Machado Rezende, e o Director Geral do ESO, Tim de Zeeuw, assinaram o acordo formal de adesão que fará do Brasil um Estado Membro do Observatório Europeu do Sul.
Quais as vantagens para o Brasil?
A adesão ao ESO traz uma grande vantagens, únicas para o Brasil. Muitas destas vantagens foram já implementadas durante o período interino do acordo (de pré-ratificação).
Como membro do ESO, o Brasil terá todos os benefícios e poderá tirar partido de todas as oportunidades dadas aos membros de pleno direito, em pé de igualdade com os actuais Estados Membros. Entre estes benefícios e oportunidades incluem-se:
Quanto custará ao Brasil ser membro no ESO?
A quota de adesão do Brasil é de 130 milhões de Euros, pagos ao longo de dez anos. A contribuição anual é proporcional ao rendimento nacional líquido, no entanto os primeiros pagamentos anuais serão menores, subindo gradualmente nos anos seguintes, de modo a levar-se em linha de conta o PIB per capita do Brasil. A contribuição cumulativa do Brasil ao longo da próxima década ajudará à expansão planeada do programa do ESO, incluindo a construção do E-ELT.
(Artigo publicado no AstroPT)
Novembro 09, 2012
Vera Gomes
Quando se fala em tecnologia espacial, é por vezes dificil fazer a distinção entre usos pacíficos e não pacíficos. Ryan Faith escreveu um artigo em que defende a revisão do Tratatado de 1967 das Nações Unidas sobre o Uso Pacífico do Espaço conluindo que é agora altura para o rever e aplicar os novos conceitos de dissuasão no espaço.
De facto, a argumentação apresentada por Ryan Faith faz todo o sentido, tendo em conta que a realidade política e da exploração espacial que levou à assinatura do Tratado em 1967 não é de todo a realidade que se vive hoje, nem politicamente, nem tencologicamente nem tão pouco no que concerne aos actores espaciais.
Podem ler o artigo aqui.
Janeiro 04, 2012
Vera Gomes
Com o ínicio do ano a ser marcado pela China e os seus planos espaciais, aqui fica uma sugestão de leitura: "Asia Space Race" de James Clay Moltz da Naval postgraduate School.
Esta obra retrata a competição emergente que tanto se fala nos últimos dias. Como o autor nota logo na introdução, o título da obra pode ser um pouco impróprio: ao contrário do que aconteceu na competição bipolar entre Estados Unidos e a ex- União Soviética à meio século atrás, o ambiente actual tem várias corridas espaciais entre China, India, Japão e outras potências espaciais emergentes na região. Cada país tem as suas próprias capacidades, interesses e objectivos no espaço resultando tanto numa cooperação como competição entre eles e com outras nações, incluindo os EUA.
Este livro examina história, tecnologia e politicas das maiores potências espaciais asiáticas com um capítulo dedicado à China, India, Japão e Coreia do Sul; o 5º capítulo debruça-se sobre as várias pequenas potências da região (desde o Paquistão à Indonésia). Estas secções terminam com um panorama geral, incluindo interacções com outros países.
Outubro 03, 2011
Vera Gomes
"O espaço tornou-se a dimensão estratégica decisiva para integrar o centro do sistema internacional e para definir a posição que um estado ocupa na hierarquia do sistema internacional. Quem não participa da indústria e dos projectos espaciais está out, é atirado para a periferia do sistema e para uma posição de dependência absoluta. Quem tenha ambições tem que estar no espaço. E quem tenha ambições globais e de grande potência tem de dar absoluta prioridade ao espaço."
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