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Astropolítica

"Se se pudessem interrogar as estrelas perguntar-lhes-ia se as maçam mais os astrónomos ou os poetas." Pitigrilli

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"Se se pudessem interrogar as estrelas perguntar-lhes-ia se as maçam mais os astrónomos ou os poetas." Pitigrilli

Onde começa o espaço?

Março 09, 2017

Vera Gomes

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 Crédito: NASA

 

Muitas pessoas se questionam sobre onde o espaço começa. Geralmente a resposta que vem à cabeça, é algo relacionado as propriedades físicas que se alteram em determinada altura. Outros, viajando a menos tempo nos seus pensamentos sobre o espaço, podem simplesmente deduzir, que o espaço começa, onde tudo deixa de ficar azul e começa a se tornar preto. Independentemente de qualquer dedução, onde de fato, pode-se considerar como o início do espaço?

 

A resposta para a pergunta acima, oficialmente é: Não se sabe onde exatamente o espaço se inicia. Durante muitos anos foram diversas as discussões sobre o tema. Uma das primeiras discussões acerca do tema registradas, ocorreu entre o embaixador Goldberg e o Senador Bourke B. Hickenlooper, ambos dos Estados Unidos. Quando o Senador questionou, de forma irônica, o Embaixador em uma das sessões do congresso dos EUA em 1967 em relação a ausência de uma definição do espaço, o embaixador respondeu:

 

Isso me faz lembrar do meu colega, Potter Steward-Juice do Supremo Tribunal, que me disse uma vez enquanto discutíamos a grande questão sobre o que é obsceno ou pornográfico: “Eu não posso definir isso, mas sei quando eu vejo”. Talvez a mesma regra apareça aqui. Nós sabemos que o espaço que o espaço fica além daqui.

 

A falta de uma definição oficial e universal sobre o início do espaço, não ocorreu pela recorrência do humor duvidoso de embaixador Goldberg. Ela simplesmente não existe, pois, além das propriedades físicas que poderiam definir o espaço, mudarem constantemente impossibilitando uma definição exata, os Estados não sabem exatamente quem irá ganhar mais ou menos com essa definição. Diversos autores e até mesmo o governo americano, disparam que não é necessária uma definição sobre onde se inicia o espaço, pelo fato da ausência dessa definição não ter trazido problemas até então.

 

Com os avanços tecnológicos, a ideia de não se definir o espaço, fica cada vez mais nebulosa. Os projetos das naves Horus-Sanger e HOPE da Alemanha e Japão, respectivamente, desafiam a ausência de tal definição, pelo fato de realizarem decolagens e voos na horizontal, mas em grandes altitudes. Nesse caso, surge a questão sobre se determinadas tecnologias estão ou não transpassando o espaço aéreo de outras nações. Diferentemente do que ocorre em relação aos satélites, que orbitam livremente sobre a Terra. A questão é, em que ponto um espaço aéreo deixa de o ser, para se tornar espaço?

Apesar de tal conceito não ser concebido de forma universal e oficial, diversas agências e órgãos, como a NASA, Força Aérea Americana (USAF), Fédération Aéronautique Internationale (FAI), US Aeronautic Association entre outras, se utilizam de suas próprias definições operacionais. O Linha de Kárman é o ponto onde a velocidade necessária para manter a altitude é igual à velocidade de escape. Tanto a NASA como a FAI, consideram essa linha como um divisor. Se você passar dessa linha, a aeronáutica se torna astronautica  e você será considerado um astronauta.  

Uma possibilidade que chegou a ser apontada como uma solução da invasão de espaço aéreo para essas naves, foi a adoção de uma política de “céu aberto” entre todos os Estados. Com os atentados de 11 de setembro e a insegurança internacional, tal medida se torna ainda mais complicada de ser aceita. Dessa forma, talvez o foco no momento deva ser até onde o espaço pode nos levar, pois onde ela se inicia, parece um ponto complicado demais para o momento.

 

Texto de Andreas Markus Wolter,  entusiasta da exploração espacial e investigador em Astropolítica e Relações Internacionais. Trabalha como analista de comércio internacional na Federação das Indústrias de Santa Catarina no Brasil.

 

Já há site e posters à borla!

Fevereiro 23, 2017

Vera Gomes

Momentos depois do anúncio da descoberta do sistema planetário “Trappist-1”, a 39 anos-luz da Terra, já havia um site oficial com todas as explicações e até bónus como posters que ilustram graficamente a descoberta. Um deles, com um aspeto futurista, considera este sistema - com sete planetas parecidos com a terra - é o “melhor destino” numa zona habitável.

 

O site está no endereço www.trappist.one. Nesta página, a equipa anuncia que pretende usar o satélite K2 (Kepler) e o telescópio espacial Spitzer, da NASA, para fazer mais medições. O objetivo é confirmar se existe mesmo água e até se há mais planetas neste sistema planetário. A médio prazo, a equipa espera usar o telescópio espacial Hubble para detetar as atmosferas dos planetas e fazer depois mais investigações com o apoio do telescópio espacial James Webb para as caracterizar.

 

Ainda nas reações ao anúncio de ontem, Douglas Vakoch, presidente do METI International – organização científica que se dedica à busca de sinais de vida inteligente – disse ao i que este é "um momento de viragem na busca de planetas fora do sistema solar que possam albergar vida".  

 

Vakoch sublinha que os planetas no sistema TRAPPIST-1, uma anã vermelha nas nossas redondezas galácticas, podem ajudar a rescrever a história da formação planetária. “Durante décadas as estrelas de classe M (o tipo de estrelas mais abundantes no universo onde se incluem as anãs vermelhas) eram vistas como sendo incompatíveis com o suporte de sistemas planetários nos quais a vida poderia surgir. A vida nestes locais enfrentaria desafios consideráveis”, sublinha o investigador. “As anãs vermelhas são conhecidas pelas suas erupções ‘solares’ severas que tanto podem libertar níveis de radiação capazes de erradicar de vida como causar as mutações necessárias para criar uma diversidade de vida como a que conhecemos no planeta Terra”.

 

Mas estes não são os únicos desafios. “Como estes planetas têm uma órbita tão próxima da estrela TRAPPIST-1, pensa-se que estão sujeitos ao fenómeno da rotação sincronizada (quando o período da órbita do objeto em torno da sua estrela é igual ao seu período de rotação, o que faz com que esteja sempre o mesmo hemisfério virado para a estrela)”, acrescenta o investigador. No fundo, é o que acontece entre a Terra e a Lua – vemos sempre a mesma face deste nosso satélite natural. “Durante muitos anos, os investigadores assumiram que planetas nestas circunstâncias teriam condições inóspitas para a vida. Mas recentemente, modelos sobre a transferência de calor oceânica e a atmosférica deixam um cenário mais otimista. No passado, assumíamos que um planeta nestas circunstâncias teria o lado que está sempre virado para a sua estrela sempre chamuscado, enquanto o lado oposto teria grelado. Hoje temos motivos para acreditar que o calor pode ser transferido, até permitindo que exista água em estado líquido nestes planetas.”

 

Vakoch explica que existem fenómenos de transferência de calor diariamente no nosso planeta e dá um exemplo próximo de si. “Quando o sol se põe à noite na Ponte Golden Gate, não fico preocupado que a baía de São Francisco congele.”

 

Se, por agora, as condições reais dos planetas do sistema “TRAPPIST-1” são uma incógnita, certo é que o anúncio da descoberta já teve impacto. Os radiotelescópios que se dedicam aos projetos de SETI (acrónimo de busca de vida inteligente extraterrestre) passaram a ter estes sete planetas no topo das suas prioridades de investigação. Se algum sinal de atividade tecnológica for apanhado, será escrutinado pela comunidade científica, que terá de descartar todas as hipóteses de resultar de uma fenómeno natural ou interferência de satélites humanos antes de pensar em dar a notícia ao mundo e estabelecer contacto.

 

(retirado daqui)

104 satélites indianos batem recorde da Rússia

Fevereiro 17, 2017

Vera Gomes

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  Crédito foto: Arun Sankar/ AFP Photo

 

A Organização de Pesquisa Espacial da Índia (ISRO, sigla em inglês), confirmou nesta quarta-feira, dia 15 de fevereiro, o lançamento de um único foguete que colocou 104 satélites em órbita.  Dessa forma, o lançamento indiano bateu o recorde russo de 37 satélites que prevalecia até então. Na composição geral de artefatos colocados em órbita, estava um satélite principal de 714 quilos destinado a observação terrestre e outros 103 nano satélites de, no máximo, 10 quilos cada um.

 

Os nano satélites pertencem a empresas dos Emirados Árabes Unidos, Israel, Holanda, Cazaquistão, Suiça e Estados Unidos. De todos os artefatos enviados, 96 nano satélites pertencem apenas aos EUA. Tal feito realizado pela ISRO, demonstra a preocupação do governo indiano em financiar pesquisas e operações no sector espacial para consolidar a posição da Índia entre os membros da vanguarda da exploração e pesquisa espacial. Apenas em 2013, o país gastou cerca de 69 milhões de Euros no envio de um foguete não tripulado para Marte. 

 

De qualquer forma, o lançamento do PSLV-C37 realizado na plataforma de Sriharikota, que foi transmitido ao vivo desde a contagem decrescente até a confirmação do sucesso da operação (30 minutos após o lançamento), serviu para colocar a Índia na história e mostrar seu valor comercial para toda a Terra.

 

 

 

Texto de Andreas Markus Wolter,  entusiasta da exploração espacial e investigador em Astropolítica e Relações Internacionais. Trabalha como analista de comércio internacional na Federação das Indústrias de Santa Catarina no Brasil.

E depois da explosão?

Setembro 08, 2016

Vera Gomes

Falcon 9 pad explosion

 

No passado dia 1 de Setembro, o foguetão Falcon 9, da Space X, explodiu na rampa de lançamento, destruindo toda a sua carga, incluindo o satélite AMOS (um projecto do Facebook para tornar a internet ainda mais global).

 

 

Esta semana, Jeff Foust, da Space Review, assina um artigo bastante interessante onde assinala as implicações deste acidente não só para a SpaceX mas  também para outras empresas e instituições. Podem lêlo na íntegra (apenas disponível em inglês) aqui.

Parceria para o lançamento de estações espaciais comerciais: match made in heaven?

Abril 15, 2016

Vera Gomes

Robert Bigelow (left) and ULA CEO Tory Bruno (right) posed with a model of the the B330 at a press conference Monday afternoon at the 32nd Space Symposium. Credit: SpaceNews/Jeff Foust

 

A Bigelow Aerospace and e a United Launch Alliance anunciaram uma parceria para lançar estações espaciais comerciais. As empresas planeiam trabalhar no lançamento de módulos expansíveis Bigelow B330 na maior versão do Atlas 5, com um primeiro lançamento planeado o mais tardar para 2020. A parceria ainda está nos seus estágios iniciais, e ainda não envolveu contratos para lançamento. A Bigelow disse que tem estado em conversações com a NASA sobre a instalação de um módulo de B330 na ISS, tornando-o disponível para a NASA e também numa base de "timeshare" para usuários comerciais.
 
Podem ler mais sobre este projecto, aqui.

Para o Universo e mais além

Abril 14, 2016

Vera Gomes

 

O bilionário russo Yuri Milner anunciou, esta semana no Space Symposium que ocorreu em Colorado Springs (EUA), um projecto de 100 milhões de dólares para desenvolver a tecnologia para viajar no espaço interestelar. O projecto, que se chama Starshot, irá desenvolver tecnologia que permitirá à nave espacial do tamanho do tamanho de um chip ser acelerada por laser e viajar em até 20 por cento da velocidade da luz. Tal nave espacial poderá viajar até ao sistema estelar mais próximo, Alpha Centauri, em cerca de duas décadas. Pete Worden, ex-director do Centro de Pesquisa Ames da NASA, irá liderar o programa, com um conselho consultivo que inclui Milner, o físico Stephen Hawking e fundador do Facebook, Mark Zuckerberg.

 

Podem ler mais sobre projecto, aqui.

China pensa no futuro

Fevereiro 18, 2016

Vera Gomes

A sonda Wukong (matéria escura) da China é lançada do Centro de Lançamento de Satélite de Jiuquan, no deserto de Gobi a 17 de Dezembro, 2015, abrindo uma nova era da ciência espacial chinesa. (Crédito foto: Qu Jing Liang, China Daily)

 

A China tem planos de longo prazo para uma série de missões científicas no espaço, uma área dà qual o país não tinha dedicado muitos recursos no passado.
 
Wu Ji, director-geral da Centro Naciona de Ciências Espaciais da China, disse que várias missões estão na fase inicial de desenvolvimento para o lançamento por volta de 2020, incluindo estudos sobre a magnetosfera da Terra e uma câmara de raios-X.
 
Futuras missões a serem consideradas para a década de 2020 incluem um grande telescópio solar e uma nave espacial para procurar exoplanetas. A China lançou uma nave espacial no ano passado para procurar matéria escura (dark matter), a primeira missão científica espacial do país desde que o programa conjunto com a Europa - o Double Star - com mais de 10 anos antes.
 
Podem saber mais sobre os futuros projectos da China aqui.

Quer ser um pirata espacial?

Outubro 14, 2015

Vera Gomes

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Imagine que está em Marte, um pouco à semelhança do que acontece no filme Perdido em Marte. Vive numa colónia criada no Planeta Vermelho e depara-se com questões tão básicas como: como eleger o líder da colónia? E caso queiram comprar uma parcela de terreno ou uma propriedade na colónia? E como será o processo de imigração: verificam passaportes à chegada?

 

A verdade é que apesar de ainda ninguém ter chegado a Marte (entenda-se ser Humano) e por lá ter assentado arraiais, existem leis que se aplicam mesmo no Planeta Vermelho. Para começar, o Tratado do Espaço Exterior é válido em Marte (Art. 1), portanto, aplica-se direito internacional

O espaço exterior, incluindo a Lua e outros corpos celestes, deverá ser livre para pesquisa e uso de todos os Estados, sem discriminação de qualquer tipo, numa base de igualdade e de acordo com o direito internacional, e haverá acesso livre a todas os corpos celestes.

Isto significa que nenhum Estado ou pessoa pode reivindicar qualquer coisa que não esteja na Terra:

 O espaço exterior, incluindo a Lua e outros corpos celestes, não estão sujeitos à apropriação nacional por reivindicação de soberania, por meio de uso ou ocupação, nem por quaisquer outros meios.

 

Só porque Neil Armstrong colocou a bandeira americana no solo lunar, isso não significa que os EUA possuem a Lua. E se alguém "aterrar" noutro planeta, não podem declarar-se seu governante supremo ou o proprietário de qualquer terreno. (Já escrevi sobre este ponto aqui).

 

A Lua, Marte, e todos os outros planetas estão sob a lei internacional. Na verdade, todo o universo além da Terra tecnicamente conta como águas internacionais.

Em "Perdido em Marte", Watney dá um grande (e hilariante) exemplo de como a lei internacional se aplicaria em Marte. Quando ele está dentro do habitat em Marte, que é propriedade da NASA, aplica-se a lei dos EUA. Mas assim que ele pisa o exterior da colónia e está em solo marciano, ele está em águas internacionais.

A certa altura, Watney precisa usar uma sonda da NASA chamado Ares 4. A NASA não deu expressamente permissão para ele subir a bordo, e de acordo com o Tratado do Espaço Exterior da ONU, não pode reivindicar qualquer coisa no espaço - então ele ao "comandar" Ares 4, torna-o tecnicamente num pirata sob o direito internacional. E não apenas qualquer pirata: "Depois de embarcar Ares 4, e antes de falar com a NASA, vou assumir o controle de uma embarcação em águas internacionais sem permissão", Watney diz no livro. "Isso torna-me num pirata! Um pirata do espaço!"

 

matt damon the martian

 

 

Isto significa que, caso a Humanidade decida montar uma colónia em marte, será necessário definir um quadro jurídico. Quem diz Marte, diz noutro planeta ou corpo celeste qualquer! Esrever novas leis é um processo dificil e complicado. Escrevê-las num planeta distante, como Marte, talvez seja ainda um bocadinho mais díficil! Quanta liberdade alguém pode esperar para ter num planeta sem ar respirável ou protecção contra a radiação? O cumprimento de determinadas regras pode significar a diferença entre a vida ou a morte.

 

Neste momento, um líder radical ou grupo poderia tomar o poder em Marte com relativa facilidade. Todos eles precisam fazer é controlar todo o oxigênio, recolher todos os recuperadores de água, ou roubar as chaves para todas as naves espaciais e manter todos refém. Os colonos teriam de abdicar da sua liberdade, se quisessem sobreviver.

O que fazer com mais de 8400 fotos?

Outubro 12, 2015

Vera Gomes

 

A NASA divulgou na semana passada, no Flickr, as mais de 8400 fotos que os astronautas das missões Apollo tiraram nas missões à Lua. Inspirado, um utilizador do Vimeo juntou muitas delas num vídeo "stop motion" que vale a pena ver.

 

A ideia surgiu quando "estava a ver as imagens do Project Apollo Archive (flickr.com/photos/projectapolloarchive/) e a dada altura comecei a clicar rapidamente por uma série de fotos e parecia que estava a ver uma animação 'stop motion'", explica Harrisonicus na página do projeto.

 

Em parte graças à música escolhida, Lift Motif de Kevin MacLeod, o resultado é, no mínimo, surpreendente.

 

(retirado daqui)

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