AstroSamantha: a inspirar miúdos e graúdos
Outubro 03, 2016
Vera Gomes
Uma das vantagens de viver em Bruxelas é que existem ao longo do ano vários eventos relacionados com o espaço e que são bastante interessantes.
Na semana passada tive oportunidade de ouvir uma astronauta italiana que esteve a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS): a Samantha Cristoforetti. AstroSamantha, como é mais conhecida, detém o recorde de permanência no Espaço para uma mulher e há um documentário, lançado em Itália em Março deste ano, sobre a astronauta. Podem ver o trailer aqui.
A sala do Parlamento foi manifestamente pequena para acolher tantos curiosos que teimavam em entrar para escutar a AstroSamantha. Depois de uma breve apresentação, seguiu-se uma ronda de perguntas e respostas. E houve lugar para tudo: momentos mais sérios, momentos mais divertidos e sobretudo um apelo a um maior emprenho político pela ciência e pelo espaço.
AstroSamantha confessou que é difícil ir ao Espaço e voltar. É difícil ir porque se deixa para trás amigos, família; difícil regressar porque estas na ISSé uma experiência inesquecível. Confessou igualmente que não gostou do film Gravity e que escreveu no seu blog sobre as 20 coisas que não gostou acerca do filme, até porque na sua opinião, o filme seria uma oportunidade para informar as pessoas sobre o trabalho que se desenvolve na ISS. Devido a tanta coisa que no filme não corresponde à verdade, existem pessoas que agora acreditam que a ISS é uma criação de Hollywood.
Em respeito a Marte e a possíveis viagem humanas a Marte, a astronauta italiana considera que antes será necessário voltar à Lua, porque existe tanto para descobrir e para fazer antes de se encetar numa viagem até Marte.
A pergunta que sacou mais risos da assistência foi feita por uma criança de 9 anos, que estava em pulgas para fazer: queria saber se a Samantha tinha visto extra-terrestres a bordo da Estação Espacial Internacional. Samantha respondeu entre sorrisos, que se os há, eles são tão mas tão pequenos que ela não os viu.