O Irão terá lançado com sucesso um macaco para o Espaço no inicio de 2013. Agora diz que o conseguiu recuperar com vida e que tem já pronto um segundo macaco para colocar em órbita.
Mas o sucesso da missão ficou sob suspeita quando o país apresentou à imprensa, após o pouso, um macaco diferente do enviado ao espaço.
A primeira tentativa do país fracassou em setembro de 2011.
O programa espacial iraniano provoca inquietação entre os países ocidentais, que suspeitam que Teerão tenta adquirir conhecimentos e experiência necessários para utilizar armas com cargas nucleares.
O Irão alega que seu programa espacial é pacífico e que não tem a intenção de fabricar a bomba atómica, como suspeitam as grandes potências.
O Conselho de Segurança da ONU condenou em várias ocasiões o programa nuclear iraniano e, desde 2007, impõe um embargo quase total de venda de tecnologias nucleares e espaciais ao Irão.
“Graças a Deus e aos esforços dos cientistas iranianos do sector espacial, o foguete Pajohesh com o segundo símio vivo chamado Fargam (Augúrio) foi enviado ao espaço antes de retornar à Terra sem problemas”, escreveu o presidente Rohani na mensagem.
O ambicioso programa do Irão, que pretende realizar um voo espacial tripulado até 2020, havia recebido um forte apoio do antecessor de Rohani, Mahmud Ahmadinejad, que chegou a afirmar que estava disposto a ser o primeiro astronauta iraniano’.
O Irão, que tem a economia asfixiada pelas sanções económicas ocidentais vinculadas ao seu programa nuclear, esforça-se para demonstrar que o severo embargo tecnológico, militar e económico não surte efeito.
No fim de Novembro, o Irão e as grandes potências assinaram um acordo que prevê que o governo iraniano deve limitar durante seis meses as actividades nucleares, em troca de uma flexibilização parcial das sanções.