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Astropolítica

"Se se pudessem interrogar as estrelas perguntar-lhes-ia se as maçam mais os astrónomos ou os poetas." Pitigrilli

Astropolítica

"Se se pudessem interrogar as estrelas perguntar-lhes-ia se as maçam mais os astrónomos ou os poetas." Pitigrilli

Asgardia: a primeira nação espacial

Outubro 20, 2016

Vera Gomes

 

 


Um grupo de cientistas quer criar uma nova nação. Pacífica, sem os constrangimentos das leis terrestres e reconhecida pelas Nações Unidas. Existirá no espaço, mas ninguém poderá realmente lá viver.

 

Mas já é possível solicitar a cidadania. Segundo o Twitter desta nova nação, as candidaturas ultrapassam já as 100 mil!! De acordo com as regras, "qualquer ser humano a viver na Terra pode ser cidadão de Asgardia". Quer ter hino, bandeira e insígnia, para os quais foram lançados concursos.

 

 

Segundo indica o site, o primeiro projeto será o lançamento do primeiro satélite no final de 2017.

 

Terá quase todos os requisitos para se candidatar a ser o 194º país das Nações Unidas... excepto o facto de não existir fisicamente.

 

O projecto está a ser desenvolvido por uma companhia privada russa - Aerospace International Research Center, com sede em Viena, liderado pelo cientista e empresário russo Igor Ashurbeiyli - pai fundador de Asgardia, como se intitula no site.

 

Existem contudo, dúvidas sobre o reconhecimento de um Estado espacial. Actualmente, o Tratado do Espaço Exterior (Outer Space Treaty), a lei internacional que regula a exploração e utilização do espaço, estatui que a responsabilidade pelos objetos enviados ao espaço é do país que os enviou. Segundo Igor Ashurbeiyli, Asgardia seria responsável pelo seu lançamento, alterando assim a responsabilidade para a própria "nação espacial".

 

Em declarações ao The Guardian, Christopher Newman, especialista em lei espacial da Universidade de Sunderland, Grã-Bretanha, disse que o projeto reflete o facto de que a geopolítica espacial mudou bastante desde que o Tratado foi elaborado, nos anos 1960. No entanto, não é claro se Asgardia cumpre os requisitos.

 

"É um projeto muito excitante em muitos sentidos e vai ser interessante ver como se desenrolará. Mas existem grandes obstáculos na lei espacial internacional para serem superados, porque o que eles querem é a revisão geral do atual quadro legal do espaço", sublinhou o especialista.

 

Podem ler o artigo do The Guardian aqui

Módulo europeu com tecnologia portuguesa tenta hoje “aterrar” em Marte

Outubro 19, 2016

Vera Gomes

tek sonda exomars
Se tudo correr bem, o Schiaparelli chega hoje ao seu destino depois de cerca de três dias de viagem, desde que abandonou a sonda-mãe. A missão é aterrar em segurança e fazer algumas medições com a energia que lhe restar.

 

A sonda separou-se da componente principal no dia 16 de outubro, começando a descida em direção ao Planeta Vermelho, onde deve pousar esta quarta-feira, por volta das 15h48 (hora de Portugal Continental).

 

Um dos desafios enfrentados pelo Schiaparelli é precisamente o de "aterrar" são e salvo e continuar a funcionar para fazer o resto do trabalho a que está destinado: realizar algumas medições sobre a temperatura, a pressão e o vento. 

 

O tempo não será muito: segundo a ESA as baterias do módulo poderão durar entre dois a oito dias, na melhor das previsões. Quando a energia acabar, Schiaparelli “apaga-se” e a sua missão estará cumprida.

 

A ESA explica em seis minutos de vídeo a descida do módulo Schiaparelli até Marte. 

 

 

A sonda TGO e o seu módulo Schiaparelli fazem parte da ExoMars, uma missão conjunta entre a Agência Espacial Europeia (ESA) e a Agência Russa (Roscosmos) e partiu em março para descobrir mais segredos de Marte, com tecnologia portuguesa a bordo. O lançamento foi realizado através do foguetão russo Proton-M, que partiu de Baïkonur, no Cazaquistão.

 

Um dos objetivos da ExoMars é perceber a evolução do planeta vermelho, e a sonda TGO vai tentar detetar vestígios de gases que possam indicar a presença de vida no planeta, mas para 2020 e está prevista uma nova missão com um rover na superfície, capaz de realizar perfurações no solo.  

 

 

(retirado daqui)

China a caminho da sua própria Estação Espacial

Outubro 18, 2016

Vera Gomes

Shenzhou-11 launch

 

A China lançou com sucesso o seu primeiro voo tripulado em mais de três anos no passado Domingo. O Long March 2F foi lnaçado do Jiuquan Satellite Launch Centre e colocou a nave Shenshou-11 em órbita. A Bordo do Shenzhou-11 estão Jing Haipend e Chen Dong, nomeado membro da tripulação menos de 24h antes do lançamento. Eles irão adocar com o módulo Tiangong-2, para uma missão de 30 dias, como parte do plano a longo prazo da China de implementar a sua própria Estação Espacial Internacional. Recordo que a China não faz parte da actual Estação Espacial Internacional. 

 

Por curiosidade, com este lançamento, encontram-se em órbita da Terra neste momento, um americano, um russo, um japonês (a bordo da Estação Espacial Internacional) e dois chineses. 


Podem ler mais sobre este lançamento aqui

1 música = 1 imagem #18

Outubro 17, 2016

Vera Gomes

Cu-XvYFXEAUf9YY.jpg-large

 

Rio Verde, Falkland

 

 

Todo o poeta ou escultor
Todo o actor ou escritor
Sonha um dia amar assim
Sonha ter alguém para si

 

 

Créditos imagem: ESA/ Copernicus

Música: Inês, Luísa Sobral & António Zambujo

 

Histórias com vida dentro delas

Outubro 12, 2016

Vera Gomes

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Tenho lido bastante nos últimos tempos embora nem sempre livros relacionados com espaço. Contudo, ontem comecei a ler o livro acima. Um livro sobre o homem por detrás do programa Apollo e da NASA na década de 1960. James Webb é ainda hoje reconhecido como sendo um dos "chefes espaciais" mais carismáticos e com mais poder de todos os tempos. 

 

Alguém já o leu? Que acharam?

Os limites da Terra vistos de avião

Outubro 11, 2016

Vera Gomes

Miguel Claro, o famoso astrofotografo português, já nos habitou a espectaculares fotos astronómicas. Muitas já ganharam prémios internacionais, muitas são escolhidas pela NASA como foto do dia e atá aqui em Bruxelas já vi revistas a usarem fotos do Miguel.

 

 

Recentemente, Miguel Claro publicou fotos tiradas a bordo de um avião a caminho da América do Sul. E meus amigos, as fotos são espectaculares!!!! Podem vê-las no site do Miguel Claro, clicando aqui. Abaixo, a minha favorita!

 

Obrigada Miguel! : )

 

Sirius-CanisMajorEarthAirplane_7670-net.jpg

 

Créditos imagem: Miguel Claro 

O futuro da observação da Terra

Outubro 04, 2016

Vera Gomes

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De 4 a 10 de Outubro celebra-se a Semana Mundial do Espaço. Este ano vai estar em foco o futuro da observação da Terra.


Entre as actividades propostas pelo Pavilhão do Conhecimento destaca-se o debate Marte, perdidos entre ficção e realidade no dia 4 de Outubro (HOJE), às 19.00, no Pavilhão do Conhecimento. Nesta sessão discutir-se-á os limites da ciência e da ficção no filme Perdido em Marte, que explora os riscos de uma missão tripulada a Marte num futuro próximo. Contará com a participação de Rui Agostinho, coordenador nacional da Semana Mundial do Espaço e Director do Observatório Astronómico de Lisboa, e de Manuel Matos Lopes, investigador da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

Na quarta-feira e no domingo, dias 5 e 9 de Outubro, o Pavilhão do Conhecimento apresenta uma programação especial com participação gratuita nos workshops, exibição de filmes, actividades laboratoriais e muito mais. Consulte também as actividades organizadas por outros Centros Ciência Viva no país em www.cienciaviva.pt.

Destaco ainda a iniciativa O Espaço vai à Escola, que leva investigadores, engenheiros e outros profissionais da área das ciências e tecnologias espaciais a visitar escolas e a partilhar as suas experiências com os alunos em todo o país. Mais informações e inscrições das escolas interessadas em www.cienciaviva.pt

Esta semana comemorativa foi instituída pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1999, como celebração da contribuição da ciência e tecnologia espacial para o melhoramento da condição humana.

Marque a Semana Mundial do Espaço na sua agenda. Consulte a programação.


AstroSamantha: a inspirar miúdos e graúdos

Outubro 03, 2016

Vera Gomes

IMG_20160928_172824.jpg

 

Uma das vantagens de viver em Bruxelas é que existem ao longo do ano vários eventos relacionados com o espaço e que são bastante interessantes. 

 

Na semana passada tive oportunidade de ouvir uma astronauta italiana que esteve a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS): a Samantha Cristoforetti. AstroSamantha, como é mais conhecida, detém o recorde de permanência no Espaço para uma mulher e há um documentário, lançado em Itália em Março deste ano, sobre a astronauta. Podem ver o trailer aqui

 

A sala do Parlamento foi manifestamente pequena para acolher tantos curiosos que teimavam em entrar para escutar a AstroSamantha. Depois de uma breve apresentação, seguiu-se uma ronda de perguntas e respostas. E houve lugar para tudo: momentos mais sérios, momentos mais divertidos e sobretudo um apelo a um maior emprenho político pela ciência e pelo espaço. 

 

IMG_20160928_182128.jpg

AstroSamantha confessou que é difícil ir ao Espaço e voltar. É difícil ir porque se deixa para trás amigos, família; difícil regressar porque estas na ISSé uma experiência inesquecível. Confessou igualmente que não gostou do film Gravity e que escreveu no seu blog sobre as 20 coisas que não gostou acerca do filme, até porque na sua opinião, o filme seria uma oportunidade para informar as pessoas sobre o trabalho que se desenvolve na ISS. Devido a tanta coisa que no filme não corresponde à verdade, existem pessoas que agora acreditam que a ISS é uma criação de Hollywood. 

 

Em respeito a Marte e a possíveis viagem humanas a Marte, a astronauta italiana considera que antes será necessário voltar à Lua, porque existe tanto para descobrir e para fazer antes de se encetar numa viagem até Marte.

 

A pergunta que sacou mais risos da assistência foi feita por uma criança de 9 anos, que estava em pulgas para fazer: queria saber se a Samantha tinha visto extra-terrestres a bordo da Estação Espacial Internacional.  Samantha respondeu entre sorrisos, que se os há, eles são tão mas tão pequenos que ela não os viu. 

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